A homenagem foi concedida ao projeto “A Cooplantio e o plantio direto na sustentabilidade da produção de grãos no Sul do Brasil”, que começou a ser implantado ainda nas décadas de 80 e 90. O objetivo era desenvolver o plantio direto como base de boas práticas agrícolas na produção de arroz, soja, milho, trigo e feijão. Para a cooperativa, a sustentabilidade na produção de grãos é proporcional ao conhecimento aplicado por hectare.
Na época de sua implantação, o intenso preparo de solo com arados e grades, o consumo de combustível, a erosão da terra fértil e a necessidade de reposição de fertilizantes tornavam o modelo de agricultura insustentável, o que justificou o sucesso do projeto.
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Antes do projeto, as práticas de manejo de lavouras tinham como base a aração de solo, sucessivas gradagens e a manutenção de terraços com o consumo de 37 a 50 litros de diesel por hectare (por safra). O uso de tratores consumia de 3 a 5 horas por hectare apenas para tracionar arados e grades na preparação do solo, para a implantação de cada cultura. As perdas da camada mais fértil do solo foram calculadas em experimentos e estimadas em 22 toneladas, por hectare, todo o ano. Além da erosão, as consequências imensuráveis no assoreamento de rios, barragens e na dinâmica da fauna aquática.
Com a adoção do plantio direto, houve redução de mais de 90% nas perdas de solos férteis por erosão. A redução no consumo de combustível, deixando de arar e gradear o solo, é estimada entre 37 e 50 litros por hectare para cada cultura.
O arroz, por exemplo, na década de 1980 consumia em torno de 3900 litros de água para produzir 1 kg de grãos. Com a adoção do plantio direto, cultivo mínimo, altura e formato das taipas e aumento nos rendimentos de manejo com a genética de novas cultivares, na década de 2000 o consumo de água é de 1200 litros/kg.
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