A Cooplantio - Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto – comercializou até dezembro deste ano 336,5 mil toneladas de soja, o que representa um aumento de quase 160%, se comparado com as 130,8 mil toneladas negociadas pela cooperativa em 2010. O faturamento com a oleaginosa chegou a R$ 281,9 milhões, ante R$ 86,8 milhões no ano passado.
Ao mercado interno, a Cooplantio vendeu 239,9 mil toneladas de soja dos associados. Esse número representa R$ 200,9 milhões. Para exportação, foram 96,6 mil toneladas, totalizando R$ 80,9 milhões (confira comparativo com 2010 na tabela abaixo).
Conforme o gestor da Unidade de Grãos, Lelo Veronese, a comercialização interna disparou este ano devido à safra cheia no Rio Grande do Sul e dos preços atrativos no mercado doméstico. "As cotações oscilaram em uma faixa alta, entre R$ 50,00 e R$ 58,00 por saca de 60 quilos, o que permitiu uma rentabilidade pequena, mas consistente", explica. "Bem diferente da Bolsa de Mercadorias de Chicago, onde a volatilidade foi muito maior", acrescenta.
Em relação às exportações, os principais compradores foram os países da Ásia, da Europa e da África. "A China, como maior importador mundial, liderou as aquisições da Cooplantio", relata Veronese. Segundo ele, as vendas externas só não foram maiores devido ao dólar fraco na maior parte do ano. Para 2012, a meta da cooperativa é exportar entre 120 a 150 mil toneladas. "Pode ser até mais, mas dependerá do mercado internacional, da situação política e econômica mundial, já que as commodities são sensíveis a qualquer turbulência global", frisa.
Ainda conforme o gestor, há gargalos que dificultam as exportações de soja, como a logística e a baixa capacidade de armazenagem no Porto de Rio Grande. "Tem trilho, mas não tem trem. Tem hidrovias, mas não tem navios. O combustível também é caro, o que acaba onerando o frete", enumera. "Estes fatores prejudicam as vendas ao exterior, pois as margens da soja já são achatadas", finaliza.
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